Volta à sexóloga

Oi a todos!

Depois de alguns longuíssimos e tenebrosos invernos (e verões, primaveras, outonos), voltei à sexóloga. É uma profissional que tem formação em ginecologia, terapia (Gestalt, de família) e pessoa ótima. Isso faz toda a diferença pra mim. Gostei dela de cara, há sete, oito anos (tempo voa), quando a conheci. Estava casada, tive umas quatro consultas, e a quinta deveria contar com o então marido. Ele nunca quis. Enfim, a separação veio, e eu nunca voltei. Pensava, mas repensava, adiava. Agora, chega. Voltei mesmo.

Foi difícil conseguir marcar. Ela é concorrida, atende nessa especialidade apenas duas vezes por mês. Marquei em janeiro pro fim de fevereiro e ainda ligava sempre para perguntar se ninguém havia desistido antes, se não havia lugar pra mim. Só houve mesmo o horário que marquei, e lá estava eu, no meu tempo, tempo reservado pra mim.

Eram tantos anos passados (cinco desde a última consulta) que foi difícil até encontrar minha ficha. Ela meio que me reconheceu, mas teve que recapitular tudo, e foi bom. Eu mesma relembrei coisas, mexi de novo nessa gaveta incômoda, dolorida, mas que faz parte da minha história. Lembrar o que o ex falava, como agia, como eu agia e ajo. Enfim. Contei tudo.

A melhor parte foi dizer que todos os dilatadores entram, ainda que com alguma dificuldade (os maiores). Ela adorou. Contei do "ficante", das tentativas, do sexo. Ela também adorou. Disse que, pelo que falo, a cura está mesmo muito próxima. Eu adorei. Ela explicou que o fato de eu não sentir medo/fobia do sexo é um facilitador enorme. Ela disse que muitas mulheres temem até o abraço, o toque. Eu não, gente! Adoro tudo! Queria mesmo que tudo rolasse logo, fosse suave às vezes, selvagem em outros momentos (calorrrrr)... rs

Por isso, o "protocolo" pra mim não precisa necessariamente seguir alguns pontos. Tipo: ela indicou que na próxima vez (tomara que haja!) eu e meu ficante abusemos do gel lubrificante e, comigo por cima ou de quatro, tentemos a penetração. E, à medida que ela acontecer, o pênis deveria ficar parado. Mas, como não tenho pânico/pavor/fobia, isso não necessariamente precisa ser seguido. O ritmo pode ser mais lento que o normal, mas pode haver um ritmo.

Além disso, podemos tentar outras posições (ela normalmente sugere a mulher por cima porque é mais fácil a mulher não ter medo, controlar velocidade e penetração, e tal). Deu outra dica: de quatro ajuda, porque a vagina não é um canal reto, mas curvo. Papai-mamãe já é mais complicado nesses casos, ela falou.

Bem, além do "dever de casa" a dois (que inclui contar pra ele o que se passa, de modo suave, tranquilo), ela orientou que eu continue com os dilatadores (tentando já começar dos grandes, esquecer os pequenos) e comprar um pênis de borracha, que tem formato, textura e tamanho mais parecidos com os verdadeiros. Confesso que tenho vergonha de ir a um sex shop, mas darei um jeito. Falei com ela que era minha meta, porque também acho que ajudará nos exercícios ter um semelhante a um original.

Volto à médica em um mês. Nessa última consulta, foi mais de uma hora de conversa. Falei sobre o blog, sobre nossa rede de troca, sobre um monte de coisas, gente. A cura está muito próxima, ela disse. E está mesmo pra todas nós que agimos e queremos.

Beijos, amores. Tô felizaça. Vamos continuar lutando juntas(os), porque A CURA EXISTE E ESTÁ PRÓXIMA!

Comentários

  1. Parabéns pelas conquistas nesse caminho tão tortuoso que é o nosso em busca da cura! Espero que você realmente conquiste essa vitória muito em breve, ver pessoas que conseguem nos dão força para continuar tentando e acreditando que uma hora tudo isso vai passar e nos parecerá apenas um pesadelo confuso!
    Mais uma vez PARABÉNS!

    ResponderExcluir
  2. Aproveitando a oportunidade para fazer uma pergunta essencial: onde você comprou os seus dilatadores? Encomendei de um site norte americano mas eles não chegaram...

    ResponderExcluir
  3. Oi A.P.,
    continuo ansioso pelos próximos capítulos...
    E sobre o comentário da Luthy, tenho que insistir que os pepinos funcionam tanto quanto esses dilatadores importados, com a vantagem de serem encontrados em qualquer quitanda por um preço acessível...além disso a entrega (que no caso da Luthy não aconteceu...) não gera ansiedade...
    Abraços...

    ResponderExcluir
  4. Olá, Luthy e Marcelo! Muito bom ter vocês aqui de novo!

    Vamos lá: conquistas precisam ser comemoradas, mas confesso que ando deixando os exercícios. Preciso retomá-los. E ando bloqueada pra comprar o pênis de borracha.

    Sobre os dilatadores, não sou garota-propaganda de nenhuma empresa (juro), mas gostei do meu kit, me ajudou muito, porque os tamanhos são bem diferentes (o pequeno é bem menor que um dedinho e maior que o cotonete). Tbm demorou muito pra chegar na época. Lembro que cheguei a reclamar, aí vieram dois kits, um atrás do outro. Cedi o segundo a uma amiga do blog.

    Mas pegue sim as dicas com Marcelo, peça orientação à sua médica/terapeuta, troque ideias! O importante é não ficar parada (quero sair desse marasmo já e me desfazer desse pesadelo confuso e longo, como disse a Luthy).

    Beijos pra vocês! Adoro contar com os dois.

    ResponderExcluir
  5. Concordo totalmente: o importante é não ficar parada. Mas quero lembrá-las que também existe uma espécie de micro pepinos...(risos)
    Abraços

    ResponderExcluir
  6. Olá, Amor Perfeito!

    Vejo sua cura cada vez mais próxima! É isso aí, amiga. Não deixe de contar tudo pra gente, pois cada dica, por menor que seja, ajuda muito.

    Beijosss.

    ResponderExcluir
  7. Eu também comprei os dilatadores e um livro de um site Norte Americano mas ainda não chegaram, espero que cheguem pois não foi nada barato!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Exercícios com o dedo

E mais uma etapa (dilatador) vencida(o)

Troca de experiências

Mais uma consulta com a sexóloga

Fisioterapeuta uroginecológica