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Mostrando postagens de 2012

Todos os dilatadores entraram

Oi a todos! O título desta postagem é uma grande conquista pra mim. Consegui introduzir todos os dilatadores do meu kit, do menorzinho ao mais próximo ao tamanho real de um pênis. A minha felicidade não se deve ao fato de obter êxito rápido (fiz a pentração de um por um, e isso levou cerca de uma hora). A alegria é principalmente porque venci o medo. Comecei, continuei, persisti e consegui. Lavei bastante os dilatadores, passei muito lubrificante KY e à medida que ia introduzindo pensava que era possível aquilo acontecer. Também criei um clima comigo mesma, de masturbação (o que pra mim não é raridade), e de imaginação. Cheguei a pensar que os dois últimos dilatadores (são 6 ao todo) não entrariam. Mas pensava: "Eu mesma estou guiando isso aqui, sei que grau de dor sinto, posso parar a hora que quiser, mas não farei isso". E realmente consegui. Nesses dois últimos houve um ligeiro incômodo, uma ardência, mas senti prazer na penetração. Sensação inédita e maravillhosa.

Ele reapareceu. E preciso me curar

Ei a todos e todas. Como expliquei a Marcelo (maridovaginista.blogspot.com.br), o meu sumiço neste espaço (e do blog dele) deveu-se à minha vida (corrida) e a problemas tecnológicos, e não com indiferença ou algo do tipo. Mas acho que vocês, meus amigos, têm todo o direito de me cobrar. E peço que me cobrem inclusive exercícios, porque não tenho feito nada pela minha cura, cura que quero (e de que preciso) tanto! O homem com quem me relacionei recentemente e com quem tentei fazer sexo (e não consegui, obviamente) reapareceu. Não sei se já comentei aqui, mas foi o homem que mais me despertou desejo em toda a minha vida (será que exagero ao dizer isso? Provavelmente não). É, fisicamente, praticamente tudo o que quero mesmo. Novamente, houve a tentativa de sexo, mas ele foi maravilhoso. Desta vez, inclusive, nem tentamos penetração. Sinto (ou temo) que tenha sido a última vez que estaremos juntos, porque sempre penso o quão ridículo é estar com um homem e não conseguir completar uma

Cura aos 55 anos

De novo garimpando informações, achei o resumo de um trabalho médico. Relata que uma mulher de 55 anos, nunca penetrada, foi curada. O texto e o link estão abaixo. VAGINISMO PRIMÁRIO EM MULHER CLIMATÉRICA CASADA HÁ 29 ANOS - RELATO DE CASO Autor(es): Oliveti EMP; Oliveti A; Apresentador(a): Elza Maria Panka Oliveti Introdução: Vaginismo pode causar intensa frustraçao na mulher e problemas relacionais, podendo gerar inclusive anulação do casamento devido matrimonio não consumado,caso não seja diagnosticado e tratado(1).Define-se como espasmo involuntário recorrente ou persistente do terço externo da vagina que interfere no intercurso sexual (2).Essas mulheres tem crenças erroneas sobre sua vagina e ideação de dor catastrófica (3).O constrangimento da mulher dificulta e adia o problema , o que suscita ao médico que além do exame ginecologico que confirma o espasmo vaginal (4) , faça perguntas adequadas e encaminhamento correto (5).O climatério com repercussoes vaginais pode agr

Curso para tratar vaginismo

Garimpo informações sobre vaginismo quase que diariamente. E encontrei divulgação de um curso para formar pessoas para tratar quem tem esse problema. Isso é maravilhoso. Nem sei como classificar essa iniciativa. Será que finalmente estão percebendo quantas mulheres sofrem em silêncio? Que somos em número muito maior do que imaginam? Quero tanto que a mídia divulgue mais isso tudo para que outras mulheres não esperem e percam tanto tempo quanto eu. Bem, o link do curso é este: http://eli-fernandes.blogspot.com.br/2012/10/para-tratar-vaginismo-sao-paulo-01-de.html. Vou tentar contato para saber mais.

Exercícios com o dedo

Olá a todos! Sempre resisti a fazer exercícios com o dedo, mas tenho feito (com menos frequência do que deveria) e já consegui introduzir dois. Não sinto dificuldade na penetração em si, mas tenho que cortar mais minhas unhas (machuca). A posição pra conseguir eu mesma me penetrar é ruim (mau jeito). Por isso prefiro mesmo os dilatadores que tenho. Mas por enquanto vou persistir na história do dedo. Penso também em voltar à sexóloga e começar a fisioterapia. Resisto porque acho que conseguirei sozinha. Não acho que isso seja certo, na verdade. Tenho que decidir logo isso e me curar. Outra coisa que quero falar aqui é sobre um texto que encontrei sobre vaginismo. É num site português - http://health-saude.blogspot.com.br/2012/10/tratar-o-vaginismo.html. Abraços a todos e todas. Cura, cura, cura.

Fisioterapeuta : dra. Livia explica - parte 2

Continuam aqui as explicações da dra. Livia Frulani: O constrangimento para as mulheres com vaginismo é normal. O problema é muito íntimo, mas nós, fisioterapeutas que trabalhamos na área, acolhemos vocês com o maior carinho e compreensão por já estarmos acostumadas a tratar de mulheres com vaginismo, além de outros problemas relacionados. Normalmente é feita uma sessão por semana, mas dependendo do caso podem ser duas vezes. As sessões duram em média 1h cada uma. Não sei de planos de saúde que cubram diretamente os gastos com o tratamento, mas o que você pode ver com o seu convênio é se você fizer fisioterapia uroginecológica indicada pelo seu médico ginecologista, como você deve proceder (com os papéis, recibos, etc) para tentar reembolso com o convênio. Durante as sessões de fisioterapia, basicamente utilizamos nossas mãos. Elas são os melhores instrumentos de trabalho para esse tipo de tratamento, pois vão fazer o toque corporal e vaginal, massagem, alongamento etc. Depois d

Fisioterapeuta: dra. Livia explica - parte 1

Sempre fico em dúvida sobre fisioterapia para curar o vaginismo. Entrei em contato com a dra. Livia Frulani, e ela não só me respondeu como autorizou que eu publicasse aqui as informações. Obrigada, dra. Livia. Essas informações são muito importantes pra quem vive esse problema. Então, algumas das frases escritas pela própria fisioterapeuta: O tratamento do vaginismo, como você deve saber, implica duas coisas básicas: um apoio psicológico/terapêutico e fisioterapia. Os medos, ansiedade, dúvidas do dia a dia e dos momentos já vividos na vida acabam refletindo de forma involuntária no corpo, principalmente naquelas mulheres que tem o vaginismo. Como você mesma disse, você acaba por vergonha não chegando a expor o problema pra um profissional ou apresenta dificuldade para ter intimidade com alguém devido a esse problema, o que é muito comum nas vagínicas. Apesar de estar usando os dilatadores vaginais (observação: é o meu caso), é importante continuar usando (pelo menos umas 2 ou 3

Exercícios com o dedo

Olá a todos! Eu sempre tive resistência em fazer exercícios de dessensibilização com os dedos. Introduzia cotonete, dilatadores, mas minha mão mesmo não entrava na minha vagina. Tocava do lado de fora todo, com ou sem masturbação (que descobri há uns 3, 2 anos), mas não me penetrava. Nesta semana, decidi que faz parte o meu processo de cura eu enfiar meus dedos na vagina. E consegui com facilidade. Primeiro, lubrifiquei bem uns 4 cotonetes juntos. Coloquei todos no canal vaginal, mexi com eles (entra e sai), deixei por alguns segundos lá dentro. Depois, foi a vez do dedo indicador direito. E foi. Bem lubrificado, senti as paredes vaginais, fiz movimento de vai e vem. É apertadinho sim, mas foi. Hoje, continuo os exercícios. Minha amiga da "Minha luta contra o vaginismo" me fez um desafio de fazer os exercicios todos os dias, pelo menos 3 seguidos. Hoje, eu continuo. E não vou mais parar, porque eu vou me curar. Nós vamos. E ponto final (aliás, inicial, o começo de uma v

Contrações que se estendem

Olá a todas (e todos)! Como o vaginismo é algo nada falado e muitas de nós temos vergonha de dividir o assunto com outras pessoas, tenho muitas dúvidas sobre o que eu mesma sinto. Leio muito sobre o tema, mas as informações sempre se repetem, são pouco aprofundadas. Sabe uma dúvida forte que tenho? O fato de sentir contrações que parecem ir além da vagina em si. Por exemplo: há mulheres que "trancam" as pernas, jogam um joelho contra o outro na hora da relação sexual, numa tentativa de evitar o acesso do homem à abertura vaginal. Não é o meu caso. Eu abro as pernas tranquilamente, o acesso é direto, mas aquela parede "surge" na minha vagina. O único homem em vários anos que tentou me penetrar até conseguiu introduzir dedos (e centímetros do pênis), mas foi doloroso. Estranho é que há anos percebo que ao ter orgasmo (com masturbação, com sexo oral bem menos) sinto uma contração no ânus. Até com sonhos (quando sonhava estar fazendo sexo) isso já me aconteceu. É co

Outra experiência

Olá a todas (e todos)! Ganhei, recentemente, uma dose extra de vontade de me curar. Conheci um cara bem legal, que não sabe ainda que eu tenho vaginismo. Ficamos juntos, e ao contrário do anterior foi muito bom. Foi tudo delicioso: o beijo, o carinho, as palavras, os abraços. Claro que ele deixou bem claro que o interesse era sexual, mas não forçou a barra. E foi envolvente. As carícias foram esquentando, e não foi algo violento. A sintonia foi grande. Ficamos de voltar a nos ver, mas não sei quando, como, onde ainda. Mas acho mesmo que pode acontecer. E isso, claro, aumentou 1000% a vontade de estar preparada. Não para ele, mas para mim mesma, porque eu quero ser completa, me sentir realizada, ter uma relação inteirinha, do começo ao fim. Agora tenho certeza de que vou conseguir.

Primeira transa com outro homem = frustração

Senti, há pouco tempo, o quanto não deveria ter perdido tempo e realmente perseguido a cura do vaginismo. Tive meu primeiro contato sexual após anos, o primeiro sem que fosse com meu ex-marido. O saldo foi triste: não consegui, claro, a penetração. E o homem, em questão, desapareceu depois da noite frustrada. Foi meu primeiro envolvimento, de fato, após o divórcio. E parecia a perfeição: ele é (é, porque ainda existe, ainda que longe, bem longe de mim!) bem do tipo que me atrai em todos (quase todos) os sentidos: fisicamente, em certas atitudes, em várias características. Foi realmente o cara que mais se aproximou de tudo aquilo que sempre desejei na minha vida, bem mais até que meu ex. Mas, no encontro, ele (que é mais novo que eu) foi muito ostensivo pra cima de mim (disso eu realmente não gostei), em um segundo, com quase nada de conversa (naquela noite, já nos conhecíamos). E apesar de eu saber que não "daria conta" do ato sexual me deixei levar pela forçação de barra.

Começar do começo

Gente, É difícil dizer qual é o começo quando o assunto é a cura do vaginismo. Pode ser a questão de reconhecer que se tem o problema (sempre fico em dúvida como classifico o vaginismo: é doença? Não. É disfunção? Dizem que não. Mas problema eu sei, e como sei, que é!). Reconhecido, então, o problema, o segundo passo é saber que tal problema é esse. No meu caso, já contei no blog, soube porque vi uma breve matéria de TV. Brevíssima. Sem informação. Mas senti que eu, como aquela mulher, achava que nunca poderia ser penetrada, que o pênis não passaria, não caberia. Com o surgimento da internet (é gente, eu vivi esse tempo), pude buscar mais informações. E a busca das informações é importantíssima (daí por que eu quis criar este blog). Mas a orientação profissional também é muito interessante para quem tem recursos (mora em locais onde, por plano de saúde ou SUS há rede de apoio). Eu busquei, anos e anos depois (casamento já desfeito praticamente), uma terapeuta sexual. A primeira

Voltei. E vou me curar

Olá, para todas e todos! Depois de seis meses, eu volto aqui para dizer que, custe o que custar, eu vou me curar do vaginismo. Aliás, eu não. Nós vamos. Todas nós. Cansei dessa história de sofrer, de achar que sou uma mulher menor que as outras e até que não sou mulher. Sou mulher sim. Eu vou conseguir sim. A penetração é simples. Nosso corpo foi feito pra isso. E seja lá o que for que tem nos causado isso (traumas, subconsciente, medo) isso tudo vai embora e logo. A história é a seguinte: quem não procurou ajuda vai buscar. Pode ser quem tem plano de saúde, pode ser do SUS. A rede que vai se formar aqui será de intensa troca (de nomes de profissionais, de técnicas de exercícios, de histórias). Quando fiz esse blog, em 2009, nunca imaginei nos frutos que colheria. Gente, são tantas as pessoas que vêm aqui, visitam, desabafam, me procuram por e-mail... Demorei a respondê-los, mas agora entendi que minha missão é ajudar a mim e a todas/todos vocês. Mulheres com vaginismo, se