Postagens

Mostrando postagens de setembro, 2012

Fisioterapeuta : dra. Livia explica - parte 2

Continuam aqui as explicações da dra. Livia Frulani: O constrangimento para as mulheres com vaginismo é normal. O problema é muito íntimo, mas nós, fisioterapeutas que trabalhamos na área, acolhemos vocês com o maior carinho e compreensão por já estarmos acostumadas a tratar de mulheres com vaginismo, além de outros problemas relacionados. Normalmente é feita uma sessão por semana, mas dependendo do caso podem ser duas vezes. As sessões duram em média 1h cada uma. Não sei de planos de saúde que cubram diretamente os gastos com o tratamento, mas o que você pode ver com o seu convênio é se você fizer fisioterapia uroginecológica indicada pelo seu médico ginecologista, como você deve proceder (com os papéis, recibos, etc) para tentar reembolso com o convênio. Durante as sessões de fisioterapia, basicamente utilizamos nossas mãos. Elas são os melhores instrumentos de trabalho para esse tipo de tratamento, pois vão fazer o toque corporal e vaginal, massagem, alongamento etc. Depois d

Fisioterapeuta: dra. Livia explica - parte 1

Sempre fico em dúvida sobre fisioterapia para curar o vaginismo. Entrei em contato com a dra. Livia Frulani, e ela não só me respondeu como autorizou que eu publicasse aqui as informações. Obrigada, dra. Livia. Essas informações são muito importantes pra quem vive esse problema. Então, algumas das frases escritas pela própria fisioterapeuta: O tratamento do vaginismo, como você deve saber, implica duas coisas básicas: um apoio psicológico/terapêutico e fisioterapia. Os medos, ansiedade, dúvidas do dia a dia e dos momentos já vividos na vida acabam refletindo de forma involuntária no corpo, principalmente naquelas mulheres que tem o vaginismo. Como você mesma disse, você acaba por vergonha não chegando a expor o problema pra um profissional ou apresenta dificuldade para ter intimidade com alguém devido a esse problema, o que é muito comum nas vagínicas. Apesar de estar usando os dilatadores vaginais (observação: é o meu caso), é importante continuar usando (pelo menos umas 2 ou 3

Exercícios com o dedo

Olá a todos! Eu sempre tive resistência em fazer exercícios de dessensibilização com os dedos. Introduzia cotonete, dilatadores, mas minha mão mesmo não entrava na minha vagina. Tocava do lado de fora todo, com ou sem masturbação (que descobri há uns 3, 2 anos), mas não me penetrava. Nesta semana, decidi que faz parte o meu processo de cura eu enfiar meus dedos na vagina. E consegui com facilidade. Primeiro, lubrifiquei bem uns 4 cotonetes juntos. Coloquei todos no canal vaginal, mexi com eles (entra e sai), deixei por alguns segundos lá dentro. Depois, foi a vez do dedo indicador direito. E foi. Bem lubrificado, senti as paredes vaginais, fiz movimento de vai e vem. É apertadinho sim, mas foi. Hoje, continuo os exercícios. Minha amiga da "Minha luta contra o vaginismo" me fez um desafio de fazer os exercicios todos os dias, pelo menos 3 seguidos. Hoje, eu continuo. E não vou mais parar, porque eu vou me curar. Nós vamos. E ponto final (aliás, inicial, o começo de uma v

Contrações que se estendem

Olá a todas (e todos)! Como o vaginismo é algo nada falado e muitas de nós temos vergonha de dividir o assunto com outras pessoas, tenho muitas dúvidas sobre o que eu mesma sinto. Leio muito sobre o tema, mas as informações sempre se repetem, são pouco aprofundadas. Sabe uma dúvida forte que tenho? O fato de sentir contrações que parecem ir além da vagina em si. Por exemplo: há mulheres que "trancam" as pernas, jogam um joelho contra o outro na hora da relação sexual, numa tentativa de evitar o acesso do homem à abertura vaginal. Não é o meu caso. Eu abro as pernas tranquilamente, o acesso é direto, mas aquela parede "surge" na minha vagina. O único homem em vários anos que tentou me penetrar até conseguiu introduzir dedos (e centímetros do pênis), mas foi doloroso. Estranho é que há anos percebo que ao ter orgasmo (com masturbação, com sexo oral bem menos) sinto uma contração no ânus. Até com sonhos (quando sonhava estar fazendo sexo) isso já me aconteceu. É co

Outra experiência

Olá a todas (e todos)! Ganhei, recentemente, uma dose extra de vontade de me curar. Conheci um cara bem legal, que não sabe ainda que eu tenho vaginismo. Ficamos juntos, e ao contrário do anterior foi muito bom. Foi tudo delicioso: o beijo, o carinho, as palavras, os abraços. Claro que ele deixou bem claro que o interesse era sexual, mas não forçou a barra. E foi envolvente. As carícias foram esquentando, e não foi algo violento. A sintonia foi grande. Ficamos de voltar a nos ver, mas não sei quando, como, onde ainda. Mas acho mesmo que pode acontecer. E isso, claro, aumentou 1000% a vontade de estar preparada. Não para ele, mas para mim mesma, porque eu quero ser completa, me sentir realizada, ter uma relação inteirinha, do começo ao fim. Agora tenho certeza de que vou conseguir.