Exercícios com os dedos... - e outras possibilidades (parte 2)

Oi a todas e a todos!


Falei no último post sobre os exercícios com os dedos para desensibilização da vagina. Sim, as mulheres com vaginismo sentem muita sensibilidade, dor... acham que não é possível nada entrar na vagina. Mas a vagina, preciso lembrar, é feita para ser penetrada de acordo com a vontade da mulher, dilatar de modo a gerar prazer e até proporcionar o nascimento de um bebê. É possível sim!

Os dedos são seguros e ótimos, mas há outras possibilidades nesse exercício. Já contei aqui algumas vezes que usei cotonetes (bem pequeninos na grossura, me assustavam menos) e dilatadores. É sobre eles que falarei agora.

A vantagem que sinto no cotonete é que ele é bem fininho, ideal para que quer vencer o medo achando que existe uma parede na entrada da vagina.  Muitas fazem essa imagem na mente de fato. Eu fazia,  mas isso é  IRREAL.  A vagina é aberta, gente. É contração o que sentimos, não é uma carne, não tem estrutura física tipo rolha ali não... Mentalize, internalize isso.

Sobre dilatadores,  uma coisa boa é a gradação de tamanho,  do fininho (não tão fino quanto um cotonete, mas também fino, menor do que um dedo mínimo) ao grosso, que realmente parece com um pênis na grossura. Estimula a gente a passar de fase, sabe?, indo nos exercícios,  avançando... E além disso dá prazer aos poucos também. E eu particularmente gosto muito do material de que são feitos (normalmente silicone), que é suave, bom ao toque e bem fácil de higienizar (mesmo pra quem prefere usar camisinha no dilatador).

O fato é o seguinte, vou resumir: todo instrumento de dessensibilização tem sua vantagem e desvantagem.  Mas é preciso ver além e tentar compreender por que você está evitando algum deles. É vergonha? Certa agonia nesse toque?

Ponto importantíssimo: lembre-se sempre de achar um modo de usar seu instrumento de dessensibilização. No meio caso, era um local calmo e seguro, agradável, em que eu relaxava, respirava bem devagar e num ritmo calmante... E, ao mesmo tempo em que estava focada no meu processo de cura, eu fazia sexo comigo mesma. Eu me curtia, curtia as imagens e sensações que eu criava na minha cabeça. Colocava música ou não.  Usava lingeries e perfume e cremes, na maioria das vezes.  Eu fantasiava. Mas estava também comprometida com minha superação.  Gozava a entrega e o processo. Gozava mesmo.  Nem SEMPRE era orgasmo. Mas gozava o momento.


Com dedos, cotonetes, dilatadores... siga rumo à cura e curta você mesma.


PS.: Vale lembrar que não sou especialista da área de saúde. Se puder, busque sempre ajuda médica e fisioterapêutica.







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